quinta-feira, 26 de março de 2009

EM OBRAS



Alexandre Gwaz + Cinema Cru, Antonio Sobral, Ivan Pires, Jesse Cohen, Lúcia Galvão, Rod Di Sciascio, Tatiana Nardi, Theo Firmo, Veronica Volpato




A mostra reúne trabalhos de 10 artistas emergentes no cenário da arte contemporânea em torno da temática de espaço urbano e cotidiano íntimo. A curadoria é assinada pelo Coletivo Lápis, e a coordenação e produção pelo Escritório de Arte Edes Francesca Dalle Molle.
A seleção de trabalhos, que tem suportes variados, conta com artistas de diversas metrópoles mundiais, e passa pela pintura, desenho, fotografia, light art e perfomance multimídia, que será realizada no evento de abertura.




Da curadoria



O coletivo Lápis nasceu em 2008 da união e do desejo de artistas em mostrar a produção de uma arte nova e autônoma, e do desafio de transbordar a institucionalidade dos circuitos artísticos. A função deste coletivo é ser uma plataforma de curadorias móveis, com a característica de juntar artistas trabalhando em diferentes cidades e mídias. A proposta curatorial se desenvolve a partir do que esses artistas podem, juntos, revelar do espaço físico que lhes é proposto, e em função da individualidade da produção de cada um.
Esta mostra está sediada num palacete construído em 1905, sobrevivente e testemunha do crescimento desenfreado da cidade de São Paulo. Incrustado entre edifícios corporativistas, sua presença gera uma descontinuidade na paisagem. A avenida Paulista se mantém um local de trânsito e deslocamento constante, mas aqui ela encontra uma possibilidade de pausa, e o tempo do nosso cotidiano pode se misturar a outros tempos.
Através de mapeamentos visuais particulares e novas topografias conceituais, os trabalhos expostos trazem à tona a questão do tempo presente nos espaços, e adiante a noção de territorialidade. Um antigo depósito de madeira é transformado em fotografia com requintes plásticos; uma paisagem é desenhada como uma idéia, e o palacete é uma ilha rosa num mar de cor cinza.
Nossa matéria prima é a mobilidade de conceitos que, uma vez desconstruídos e remontados, propõem uma resignificação constante da noção de espaço vital. Para sobreviver, a cidade-massa necessita do indivíduo-criativo, consciente de suas possibilidades neste contexto mutante.


quarta-feira, 11 de março de 2009

VINHETA

por Alexandre Gwaz


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Alexandre Gwaz + Cinema Cru

(Rio de Janeiro, 1974)


Alexandre Gwaz formou-se pela Universidade Federal Fluminense, com graduação em Ciências Sociais e pós-graduação em Antropologia Visual. Atualmente trabalha como montador e sound designer para cinema, tendo desenvolvido projetos com os cineastas Sérgio Barnardes e Joel Pizzini.

Seus trabalhos autorais, iniciados em pesquisas de produção musical e videoart, se desdobraram no Cinema Cru, um coletivo que mistura apresentações de live audiovisual com grafite e pintura. O coletivo conta também com as participações de Smael no grafite, Léo Panthera na edição e Dario Gularte na edição/manipulação. Eles trabalham em tempo real com projeções audiovisuais sobre tela, que é pintada ao vivo e permanece exposta junto ao registro da performance. O espectador se depara com a obra em processo e o lugar de exposição se transforma em atelier de criação.

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www.youtube.com/user/autecre

www.flickr.com/photos/smael


Antonio Sobral






(Rio de Janeiro, 1985)


Em 2003 inicia sua produção através de filmes experimentais na University of Southern California, Los Angeles, seguindo então para Paris, onde conclui seus estudos em cinema pela Universidade Paris 1 (Panthéon-Sorbonne). Trabalhou com artistas como Adriana Varejão e o pintor americano James Brown, voltando-se para a pintura. Atualmente trabalha em seu atelier em São Paulo, de onde nasceu sua recente produção de gouaches em papel. Recentemente foi publicado na Revista Zupi e participa em março da exposição coletiva "Monographies" na Générale en manufacture, em Paris.

Seus desenhos e pinturas retratam o indivíduo a partir de uma ótica existencialista. O homem e a cidade, suas contradições e ramificações poéticas são questões que costuram a obra do artista, onde a cor é um elemento expressivo central.

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non-missing.blogspot.com

Ivan Pires

(São Paulo, 1979)


Ivan Pires estudou no Senac na turma de Fotografia – Arte e Cultura. Passou por diversos estúdios, e trabalhou com nomes como Guilherme Young e Rogério Alonso. Sempre se interessou pela fotografia tradicional. Atualmente desenvolve um trabalho inspirado nos fotogramas do cinema, onde as imagens e seus personagens se formam através de diversos quadros.

Seu olhar caminha por cenas do dia a dia para construir narrativas poéticas a partir desses fragmentos. Para conseguir tais imagens utiliza uma antiga câmera compacta com a qual passa despercebido em situações cotidianas, revelando uma proximidade com o espaço que registra.

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www.flickr.com/photos/maisumdomingo



Jesse Cohen

(Nova York, 1984)


Graduada em artes plásticas pela Cooper Union for The Advancement of Science and Art em 2007, trabalhou com os artistas Adriana Varejão, Aleksandra Mir e Wayne Gonzalez. Atualmente se dedica à pintura em seu atelier no Brooklin, NY, dando continuidade a sua produção.

Suas obras partem da desestruturação de figuras arquitetônicas e fazem uso minimalista da cor, criando pinturas que se situam entre o figurativo e o abstrato. São imagens intrinsicamente fragmentadas, refletindo o embate entre a subjetividade e realidades objetivamente arquitetadas.


Lucia Galvão



(São Paulo, 1983)


Bacharel em Artes Plásticas pela ECA-USP (2008), começou a desenvolver seu trabalho com a luz através de projetos para teatro. Passou por companhias como Teatro da Vertigem e Teatro Oficina, enquanto criava seus primeiros trabalhos em intervenção urbana, sempre com iluminação.

Tendo como ponto de partida a cidade, seu trabalho nesta mostra segue a idéia de resignificação do espaço através da luz. A apropriação da paisagem urbana como objeto visa uma aproximação de caráter lúdico entre o passante, espectador primeiro do trabalho, e o contexto cotidiano e banal da cidade.



Rod Di Sciascio

(São Paulo, 1982)


Rod Di Sciascio cursou a faculdade de Fotografia Senac e em 2004 formou-se bacharel em Arte e Cultura. Interessado pela linguagem digital, desenvolveu trabalhos na área voltando-se para o design de interiores e a arquitetura. O espaço, a textura e as cores são seus elementos, que apresentam uma unidade formal e temática em fotografias produzidas em diversos pontos do mundo.

De projetos aplicados em parceria com arquitetos, decoradores e empresas de cenografia a uma produção pessoal, o fotógrafo constrói uma linguagem particular que trabalha o tempo através da representação das construções e espaços humanos.

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www.flickr.com/photos/rod-di-sciascio


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Tatiana Nardi

(São Paulo, 1983)


Nascida e criada em São Paulo, Tatiana Nardi formou-se em Fotografia - Arte e Cultura em 2004, pela Faculdade Senac. Desenvolveu pesquisa em fotogravura nos ateliers da ECA - USP, Senac e no Atelier Piratininga, técnicas que ensinou em workshops e cursos regulares até 2007. Tem trabalhos em publicações como a revista Caros Amigos e WLTF. Atualmente desenvolve projetos autorais de fotografia e trabalha como fotógrafa free-lancer na ponte São Paulo – Berlim.

O trabalho desta exposição segue o conceito de "paisagens possíveis". Ela resgata com a fotografia em filme 120 espaços triviais perdidos na cidade de São Paulo, usando-os como símbolos da memória: elementos singelos como a velha banca de jornal ou a quadra poliesportiva sugerem a sensação de conforto de um tempo passado.

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tatiananardi.com


Theo Firmo

(São Paulo, 1983)


Formado em Ciências da Comunicação pela Universidade São Judas Tadeu (2004) com especialização em semiótica, mais tarde tomou aulas de mestrado em Semiótica da Cultura com aplicação em vídeo e música. Vive e trabalha em Madrid, de onde vem a maior parte das imagens que usa. Seus trabalhos estiveram em festivais como BAC (Barcelona Arte Contemporâneo), NETMAGE (Festival de Audiovisual de Bologna) e publicações como FAKE Magazine e WLTF.

Seus estudos de lingüística e semiótica o levaram a uma pesquisa sobre narração, que é o ponto principal de sua obra. Baseando-se nos conceitos da memória e da expectativa, aborda um tempo orgânico numa série de desenhos intimistas em papel que captam gestos e sutilezas do cotidiano. Com traços sintéticos e delicados se aproximam de quem os olha, afirmando a beleza de suas figuras num imediatismo Pop.

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theofirmo.com


domingo, 15 de fevereiro de 2009

Verônica Volpato

(Natal/RN - 1983)


Formada em fotografia pela faculdade Senac (2004), com especialização em Arte e Cultura. Em 2006 foi residente na Escola Nacional de Fotografia de Arles, na França. Em seguida engajou-se num projeto de pesquisa história sobre a fotografia moderna no Brasil, do qual resultou a exposição "Fragmentos: modernismo na fotografia brasileira".

Seu trabalho fotográfico tem como referência a escola de Düsseldorf, a objetividade, a aparência e o vazio. Volta o olhar para os objetos que constituem a cidade e que podem revelar um significado, um espaço, ou uma aparência diferente daquela para o qual foram construídos. O enquadramento central e frontal são recursos que permitem ressaltar a figura central, buscando o carácter surreal de certos ambientes e objetos pelos quais passamos todos os dias.

Desde de 2007 Verônica vive entre a França, onde participa da "la caravane de l'image", um projeto fotográfico e social em parceria com associações locais da região Rhône-Alpes, e Lisboa, onde desenvolve trabalho de intervenção urbana sobre as casas devolutas da capital portuguesa, intitulado "DOM - da onda magnética".

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www.flickr.com/photos/veronica_volpato
www.fotolog.com/v_ronica